O glaucoma é uma doença ocular causada pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira. Para saber mais sobre essa doença, as formas de prevenção e tratamento, continue lendo o artigo que a Consultare Centro Médico preparou para você!
Tipos De Glaucoma
- Glaucoma Crônico Simples: também conhecido como Glaucoma De Ângulo Aberto, costuma afetar pessoas acima dos 40 anos e pode ser assintomático. Representando aproximadamente 80% dos casos da doença, este tipo de glaucoma é causado por uma alteração anatômica na região do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a pressão intraocular.
- Glaucoma De Ângulo Fechado: este segundo tipo de glaucoma, também muito comum, é caracterizado pelo aumento súbito de pressão intraocular. O paciente apresenta um ângulo estreito, ou seja, pouco espaço entre a córnea e a íris. Esse aumento pode ser súbito — chamado de crise aguda de glaucoma — ou lento — o que constitui o glaucoma primário de ângulo fechado.
- Glaucoma Secundário: decorrente de enfermidades como diabetes, uveítes, cataratas etc. Também pode decorrer de complicações após cirurgias no olho ou uso de corticoide. Costuma ser grave e de difícil controle.
- Glaucoma Congênito: esta forma mais rara é comum nos recém-nascidos e ocorre por uma malformação congênita do trabeculado e consequente elevação da pressão ocular. É considerado uma urgência médica, por isso deve ser diagnosticado e tratado rapidamente.
Sintomas Do Glaucoma
A grande maioria dos casos de glaucoma se inicia de forma assintomática: o paciente não sente nada e também não percebe a perda de visão inicial pelo glaucoma, que geralmente afeta primeiro a visão periférica. Em geral, o portador de glaucoma só detecta a redução da visão quando o problema já está bem avançado. Confira a seguir os principais sintomas:
| SINTOMAS DO GLAUCOMA DE ÂNGULO FECHADO | SINTOMAS DO GLAUCOMA CONGÊNITO |
| Dor severa e súbita em um dos olhos; Visão embaçada;Náuseas e vômitos;Vermelhidão nos olhos;Dor de cabeça. | Alta sensibilidade à luz;Lacrimejamento;Fechamento involuntário das pálpebras;Aumento do globo ocular;Olho com coloração acinzentada. |
Como Saber Se Eu Tenho Glaucoma?
Durante o diagnóstico inicial do glaucoma, dois sinais merecem a atenção: pressão intraocular acima da média e alterações no nervo ótico, que são detectados no exame de fundo de olho.
São pacientes de risco os negros, que têm maior propensão a desenvolver pressão alta, pessoas com mais de 35 anos e os portadores de diabetes. O histórico familiar também é importante para o diagnóstico, pois cerca de 6% das pessoas com a doença já tiveram outro caso na família.
Por isso, consulte com regularidade o oftalmologista, principalmente a partir dos 35 anos, já que o glaucoma não tem cura e o diagnóstico precoce é fundamental para o controle da doença.
Conheça a seguir os principais exames solicitados durante o diagnóstico do glaucoma:
- Tomografia de Coerência Óptica Swept-Source (OCT) – este exame permite visualizar áreas do olho, como o nervo óptico e a retina, com detalhamento.
- Retinografia – este exame registra uma “fotografia” do fundo do olho, podendo assim detectar a lesão do nervo óptico.
- Biomicroscopia de fundo de olho e mapeamento de retina – Possibilita a avaliação do nervo óptico.
- Campimetria – Permite avaliar a extensão da perda de visão pelo glaucoma.
- Tonometria – Medida da pressão intraocular.
- Paquimetria – Avaliação da espessura da córnea, pois essa característica influencia na interpretação da pressão intraocular.
Como Funciona O Tratamento?
Como o aumento da pressão ocular é a principal causa do problema, o objetivo do tratamento é, na maioria dos casos, diminuir essa pressão, procurando preservar o nervo óptico e, consequentemente, a visão do paciente. O tratamento do glaucoma, então, é realizado com colírios e medicamentos por via oral que só são usados em casos emergenciais.
Em outras situações, o médico também pode considerar o tratamento a laser ou cirurgia, que irão ajudar a desobstruir o humor aquoso — líquido responsável por nutrir a córnea e o cristalino e por regular a pressão interna do olho.
É importante lembrar que a automedicação, principalmente de colírios à base de corticoides, pode não só causar reações adversas, como prejudicar ainda mais a visão, que já está comprometida pela doença. Por isso, a melhor maneira de tratar o glaucoma é sempre com o acompanhamento de um oftalmologista.
Como Prevenir a doença?
Não há como prevenir o glaucoma, mas o que pode ser feito é impedir a perda da visão a partir do diagnóstico precoce. Para isso, é essencial evitar que essa doença passe despercebida. Confira alguns hábitos de autocuidado que podem ajudar tanto no diagnóstico precoce quanto no controle do avanço da doença:
- Mantenha sua rotina de exames em dia;
- Marque consultas frequentes com o oftalmologista;
- Conheça o histórico de saúde da sua família;
- Faça uso regular dos colírios prescritos;
- Proteja seus olhos de traumas;
- Pratique exercícios regularmente.
Cuidar da sua visão e manter visitas regulares ao oftalmologista são as melhores formas de garantir sua saúde ocular. Por isso, crie o hábito de realizar exames de rotina e, ao sentir quaisquer sintomas, não se automedique!
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