O corpo feminino pode produzir diversos tipos de corrimento vaginal, sendo que o único que é considerado normal é o transparente e sem cheiro.
Portanto, outros tipos de corrimento vaginal, como de cores verde, cinza, marrom, rosa ou amarela e principalmente com mau cheiro devem ser investigados.
Quer entender melhor o que cada corrimento pode significar? Então, basta seguir a leitura conosco!
O que é corrimento vaginal?
Antes de entrarmos nos tipos de corrimento vaginal, é importante saber o que ele significa.
O corrimento se trata de uma secreção que o corpo expele pela vagina e é totalmente normal quando não tem cor e nem cheiro.
Entretanto, quando apresenta uma cor ou cheiro, principalmente odor, ele pode estar alertando sobre o sintoma de alguma condição médica, como veremos mais adiante.
O que provoca corrimento vaginal?
Diversos fatores podem levar aos tipos de corrimento vaginal, alterando a sua cor, cheiro, consistência e quantidade que é expelida.
As causas mais comuns dessa provocação são vírus, bactérias, fungos, mudanças hormonais e até mesmo a gestação.
Doenças infecciosas no corrimento
Abaixo, conheça algumas doenças infecciosas que o corrimento vaginal pode estar alertando.
Candidíase
A candidíase dá sinais nos tipos de corrimento vaginal amarelados ou brancos, acompanhando coceiras intensas, ardência ao urinar ou durante as relações sexuais.
Sua aparição normalmente ocorre quando o corpo está com imunidade baixa ou quando se faz o uso de antibióticos, anticoncepcionais e corticóides.
Ele também é comum em mulheres diabéticas e em portadoras de HPV. Para se previnir, não deixe de se vacinar!
Gonorreia e Clamídia
A clamídia e gonorreia são infecções ocasionadas por bactérias que atingem os órgãos genitais.
Seus sintomas, além do corrimento, são dores ao urinar, sangramento fora da época da menstruação e em relações sexuais, além de dor no baixo ventre, localizado no pé da barriga.
Tricomoníase
A tricomoníase é uma infecção que ocorre por conta de relações sexuais sem proteção.
O corrimento amarelo ou verde são os mais comuns de seus sintomas, além do mal cheiro.
No mais, a tricomoníase também pode causar ardência, vermelhidão na genital, dores ao ter relações sexuais e edema vulvar.
Vaginose bacteriana
A vaginose bacteriana, por sua vez, ocorre por conta de um desequilíbrio da flora vaginal.
Os tipos de corrimento vaginal que sinalizam a vaginose são os brancos ou cinzas, geralmente cremosos e bolhosos.
Atrofia vaginal
A atrofia vaginal é uma inflamação que acontece no canal vaginal por conta da baixa produção de estrogênio.
Assim, o revestimento da vagina fica ressecado e fino, ocasionando sintomas como coceira, secura, irritação e dor ao realizar contatos íntimos.
Ela é comum durante a menopausa da mulher e nos período de pós-parto, amamentação e cirurgia de retirada dos ovários.
Alergias
As alergias geralmente acontecem por conta de infecção por fungos, como no caso da candidíase, ou por conta de bactérias, como no caso da vaginose bacteriana.
Os corrimentos que sinalizam alergias costumam ser brancos, amarelos ou cinzas, tendo ou não cheiro.
A alergia pode ser causada por:
- duchas vaginais;
- desodorantes íntimos;
- absorventes internos;
- preservativos com látex;
- sêmem.
Corrimento durante a gravidez
O corrimento vaginal pode ocorrer na mulher durante algumas etapas de sua gestação.
Nessa situação, se os seus corrimentos não forem brancos ou transparentes e sem cheiro, é preciso ficar em alerta.
Corrimentos com cores e cheiros durante a gravidez podem estar associados a alguma infecção e precisam ser avaliados pelo obstetra para seguir com um tratamento adequado para a gestante.
Quais são os tipos de corrimento?
Abaixo, listamos todos os tipos de corrimento vaginal de acordo com as suas cores e as suas principais causas. Acompanhe!
Corrimento amarelo
O corrimento amarelo costuma ocorrer por conta da tricomoníase, uma infecção sexualmente transmissível.
É comum que ele acompanhe mau cheiro, dor e desconforto ao urinar, além de uma vermelhidão na genitália.
A clamídia também pode ser uma das causas do corrimento amarelo, se tratando de outra infecção sexualmente transmissível.
Quando ela é a razão do corrimento amarelado, é comum que ela cause dor e sangramento durante as relações sexuais, além de dor pélvica e sangramento fora do período menstrual.
Corrimento verde
O corrimento verde também costuma estar atrelado a tricomoníase ou pode ser sinal de um caso de vulvovaginite.
A vulvovaginite é uma inflamação na vagina e na vulva, causada por vaginose bacteriana ou microrganismos.
Corrimento marrom
O corrimento marrom geralmente está sinalizando um caso de alteração uterina, como o câncer cervical.
Esse pode ser um sintoma dessa doença caso o corrimento seja acompanhado de rápida perda de peso, desconforto e dor pélvica, além de uma certa pressão no fundo da barriga.
Corrimento cinza
O corrimento cinza normalmente indica um caso de vaginose bacteriana, comum em casos de desequilíbrio da microbiota vaginal.
Isso faz com que o número de lactobacilos (bactérias boas) diminuam e outras bactérias se concentrem e levem ao mau cheiro e ao corrimento.
Quando isso ocorre, o corrimento cinza vem com queimação ao urinar e coceira na vagina e na vulva.
Corrimento branco
O corrimento branco geralmente ocorre por conta de uma infecção que caracteriza a candidíase vaginal.
Entretanto, a vaginose bacteriana também pode ser uma causa do corrimento branco, principalmente quando há um cheiro forte, como o de peixe podre.
Por fim, um terceiro possível motivo do corrimento branco é a colpite, um tipo de inflamação no colo do útero e da vagina, que também deixa o cheiro do corrimento ruim.
Corrimento com mau cheiro
Quando o corrimento vaginal apresenta mau cheiro, ele geralmente está relacionado com protozoários ou bactérias.
Normalmente essas bactérias são naturais da vagina e se manifestam por conta de uma alteração da flora e do pH.
Porém, o mau cheiro também pode estar relacionado com ISTs ou DSTs, transmitidas quando há contato íntimo, como no caso da tricomoníase, gonorréia, sífilis e clamídia.
Diagnóstico no corrimento vaginal
Para fazer um diagnóstico de corrimento vaginal, o ginecologista vai avaliar o seu histórico clínico, ou seja, ele levantará informações sobre:
- sintomas do corrimento;
- fatores de agravamento do corrimento;
- hábitos de higiene;
- vida sexual;
- uso de medicamentos;
- patologias associadas.
Alguns exames ginecológicos também podem ser solicitados, para o diagnóstico ser mais preciso. Confira na sequência quais são eles.
Quais exames são indicados?
Os exames mais indicados para averiguar os tipos de corrimento vaginal são o papanicolau, coleta de secreção e exame de sangue.
O papanicolau é capaz de avaliar o odor e aspecto do muco, além de lesões externas e internas na vagina.
A coleta de secreção permite avaliar a citologia oncótica vaginal e de colo de útero.
Já o exame de sangue é capaz de diagnosticar doenças sexualmente transmissíveis.
Em casos de suspeita de gravidez, o exame beta-HCG pode ser recomendado.
Como tratar o corrimento vaginal?
Todos os tipos de corrimento vaginal são tratados com o uso de pomadas tópicas ou comprimidos vaginais.
Eles ajudam a reequilibrar a vagina da paciente e a regularizar a produção de corrimento.
Determinados casos, como a vaginose bacteriana, costumam ser tratados com antibióticos.
Quando procurar um ginecologista?
O ginecologista deve ser procurado em tipos de corrimento vaginal que tiverem odor e cor diferente do normal, que neste caso é transparente.
Conclusão
Como você viu, existem diversos tipos de corrimento vaginal e as suas causas são as mais diversas possíveis, podendo ir desde infecções ocasionadas por um desequilíbrio na alteração da flora e do pH até DSTs ou ISTs.
Quando os corrimentos não são transparentes e sem cheiro, eles exigem tratamento ginecológico, portanto, sempre que eles surgirem, marque uma consulta médica online imediatamente!